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D G
Geme o restolho, triste e solitário
Em G D
a embalar a noite escura e fria
B7 Em G
e a perder-se no olhar da ventania
Em A# D
que canta ao tom do velho campanário
Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
D Em G
Mas é preciso morrer e nascer de novo
D D/C Bm
semear no pó e voltar a colher
G Em
há que ser trigo, depois ser restolho
G A# D
há que penar para aprender a viver
Em G
e a vida não é existir sem mais nada
D D/C Bm
a vida não é dia sim, dia não
G Em
é feita em cada entrega alucinada
G A# D
prá receber daquilo que aumenta o coração
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração