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D A7 D Lá no arraiá das coruja formaro dois cumbinado, A7 D O time do quebra-dedo, e o time do pé-rapado. G D A bicharada reuniu, formaro logo seu quadro, A7 D A7 D Nóis fumo vê esse jogo, por sê um jogo faladu. D A7 D A bicharada pediu pro jogo sê irradiadu, A7 D Na estação du lugá, PRJ-Bichadu, G D O "ispriqui" era o jumento, rapaizinho apreparadu, A7 D A7 D As quinze hora da tarde o jogo foi cumeçado. D A7 D O time do quebra-dedo tinha fama de campeão, A7 D Sapo jogava no gol, béqui de espera o leão, G D Cavalo o béqui de avanço, o arco esquerdo preá, A7 D A7 D Veado de center-arco, arco direito o gambá. D A7 D A linha tava um perigo, na meia jogava o rato, A7 D No centro jogava o tigre, na otra meia o macaco, G D Na esquerda jogava o bode, direita jogava o gato, A7 D A7 D E pra atuá di juiz, foi convidado o lagarto. (Boa tarde senhoras e senhores. Ai que bicharada gorda, barbaridade...) D A7 D O tigre deu a saída, coelho foi pra tirá, A7 D O tigre passô pru bode, mais quando ele foi chutá, G D Puxaro a barba do bode, o bode foi recramá, A7 D A7 D Juiz falô que num viu, cachorro já quis brigá. D A7 D A cabra muié do bode, xingô o juiz de ladrão, A7 D Torcida do quebra-dedo fizéro recramação, G D A capivara e a cotia chegaro a xingá o leão, A7 D A7 D Preguiça dava risada, de vê o sapo de carção. D A7 D Largato que era o juiz, na hora dele apitá, A7 D Tinha engulido o apito, num pôde o jogo pará, G D A torcida entrô no campo, de pau, de faca e punhá, A7 D A7 D O pau cumeu direitinho, mataro trêis no lugá. D A7 D O bode ficô ferido, mataro o béqui leão, A7 D Rasgaro a saia da cobra, cavalo quebrô a mão, G D O sapo saiu correndo, jogou-se no riberão, A7 D A7 D Por que na hora da briga ele ficô sem carção. D A7 D O jogo num terminô, pur isso ficô empatado, A7 D Agora nóis vai falá, do center-arco veado. G D Nervoso ele dizia, entre suspiros e ais: Ai meu Deus do céu qui jogo bruto, meu Deus, que estupidez. Assim num jogo, num jogo, num jogo mais...