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Intro: A6 D#º E7 F#7 Bm7 E7 A6
Bm7 E7
Fui a um baile no Elite, atendendo a um convite
A
Do Manoel Garçom (Meu Deus do Céu, que baile bom!)
A7
Que coisa bacana, já do Campo de Santana
D
Ouvir o velho e bom som: trombone, sax e pistom.
Dm G7
O traje era esporte que o calor estava forte
F#m F#7
Mas eu fui de jaquetão, para causar boa impressão
Bm7 E7
Naquele tempo era o requinte o linho S-120
A
E eu não gostava de blusão, é uma questão de opinião!
Bm7 E7
Passei pela portaria, subi a velha escadaria
A
E penetrei no salão.
A7
Quando dei de cara com a Orquestra Tabajara
D
E o popular Jamelão, cantando só samba-canção.
Dm G7
Norato e Norega, Macaxeira e Zé Bodega
F#m F#7
Nas palhetas e metais, E tinha outros muitos mais
Bm E7
No clarinete o Severino solava um choro tão divino
A
Desses que já não tem mais,e ele era ainda bem rapaz!
Bm7 E7
Refeito dessa surpresa, me aboletei na mesa
A
Que eu tinha já reservado (Até paguei adiantado)
A7
Manoel, que é dos nossos, trouxe um pires de tremoços
D
Uma cerveja e um traçado, pra eu não pegar um resfriado
Dm G7
Tomei minha Brahma, levantei, tirei a dama
F#m F#7
E iniciei meu bailado (No puladinho e no cruzado)
Bm E7
Até Trajano e Mário Jorge que são caras que não fogem
A
Foram embora humilhados (Eu tava mesmo endiabrado!)
Bm7 E7
Quando o astro-rei já raiava e a Tabajara caprichava
A
Seus acordes finais, para tristeza dos casais
A7
Toquei a pequena, feito artista de cinema
D
Em cenas sentimentais (à luz de um abajur lilás).
Dm G7
Num quarto sem forro, perto do pronto-socorro
F#m7 F#7
Uma sirene me acordou (em estado desesperador)
Bm E7
Me levantei, lavei o rosto, quase morro de desgosto
A
Pois foi um sonho e se acabou